09/01/2011

O regresso de Eunice Muñoz!


Teatro: O regresso de Eunice Muñoz!

O Ano do Pensamento Mágico é o título da peça encenada por Diogo Infante e que marca o regresso de Eunice Munõz aos palcos.
Assinalando o regresso aos palcos de Eunice Muñoz já estreou na Sala Garrett do Teatro Nacional Dona Maria II, a peça O Ano do Pensamento Mágico .
Encenada por Diogo Infante, Eunice Munõz regressa com um exigente monólogo baseado nas memórias de Joan Didion que depois de visitar a filha, internada com uma infecção generalizada, perde o marido durante o jantar, vítima de um ataque cardíaco.
Dirigida a maiores de 12 anos, O Ano do Pensamento Mágico tem cerca de uma hora e dez minutos de duração, sem intervalo. A encenação é de Diogo Infante e a música de João Gil.
Para assinalar o regresso aos palco, precisamente, onde se estreou há 68 anos, é tambem inaugurada a exposição Eunice Muñoz - Retrato(s) de uma Actriz.

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Uma peça de JOAN DIDION baseada nas suas memórias
Tradução PEDRO GORMAN

Encenação -  DIOGO INFANTE
Cenografia e figurino -  CATARINA AMARO
Desenho de luz -  MIGUEL SEABRA
Música original -  JOÃO GIL interpretada ao Piano por RUBEN ALVES
Vídeo -  PEDRO MACEDO
Cabelo - MARINA CRUZ
Com - EUNICE MUÑOZ
Assistente de encenação - LÍDIA MUÑOZ
Assistente pessoal de Eunice Muñoz - RITA SIMÕES
Maquilhagem - JOANA ISFER
Direcção de cena - PEDRO LEITE
Ponto - CRISTINA VIDAL
Operador de som -  SÉRGIO HENRIQUES
Operador de luz -  FELICIANO BRANCO
Maquinistas -  MARCO RIBEIRO, PAULO BRITO, RUI CARVALHEIRA
Produção -  TNDM II

A coragem de Tição - Luis Represas



Luís Represas aventurou-se na escrita de um livro infanto-juvenil. “A Coragem de Tição” surgiu da reunião de dois factores “essenciais” – a “paixão” pelo mar e pelos cavalos. Numa “era de desresponsabilização”, o fundador dos Trovante pretende, com esta história, transmitir uma série de valores “que se estão a perder”.

Daniel Pinto Lopes
Jornalista

No imediato não se recorda de como lhe surgiu a ideia de escrever um livro. Após uma pequena reflexão conclui ter-se tratado da junção de dois elementos – a sua “paixão” pelo mar e pelos cavalos.

Sentou-se ao computador e, “sem saber porquê”, começou a escrever. “Não tinha objectivos concretos”, refere o músico ao Expressões Lusitanas. À medida que foi redigindo, a narrativa tomou “algumas características de um livro infanto-juvenil”. Ao mesmo tempo, Luís Represas pretendia que a história fosse “transversal”, permitindo aos pais ter “algum prazer” quando estão a contar aos filhos.

Tição é um cavalo-marinho preto e o protagonista da trama. “É uma criança com todas as suas características”, tais como “a necessidade de arriscar”, “explorar o desconhecido” e o “prazer da aventura”, factores que desencadeiam a “desobediência” e a “prevaricação”. “Todas as crianças e adolescentes têm esta necessidade”, acrescenta Luís Represas.

O livro tem uma série de valores “à mão de semear”, mas não de uma forma “impositiva”. “Estão lá para quem os quiser agarrar e tratam-se de valores que se estão a perder”, considera. A solidariedade, honestidade, cumplicidade, o reconhecimento do erro, a responsabilidade e a responsabilização, o amor e a paixão são alguns deles.

“O grande acto de coragem de Tição é o reconhecimento do erro e das suas fraquezas perante todos e a sociedade, através da sua auto-crítica. Espero que esta lição passe para quem lê. Estamos numa era em que a desresponsabilização é crescente e esses valores são cada vez mais inexistentes”, assevera Luís Represas.

Escrever um livro é um “exercício completamente diferente”, sobretudo para quem está habituado a redigir histórias “condensadas em três minutos numa canção” durante 30 anos de carreira no mundo da música.

Para já, Luís Represas não consegue garantir se esta é uma experiência única ou para continuar. “Vamos ver. Há tanto caminho para andar e tantas coisas para fazer. Tudo pode acontecer”, disse.

“A Coragem de Tição” conta com as ilustrações de Catarina França e foi lançado pela Dom Quixote.

publicado por Expressões Lusitanas