14/11/2010

Não sei se hei-de rir ou chorar !!!!!! Sinceramente meus Senhores! Sinceramente.

Ora bem! Eu sei que hoje é domingo. Até sei que  ontem, e como manda a lei, eu bebi uns copitos, e me deixei ir nas nuvens de fumo dos meus ricos cigarritos!
Pior estão os nossos ricos jornalistas, (todos eles diplomados por favor) que têm a Geografia no traseiro, e a palavra na giria.
Como é que é possível publicar uma notícia num jornal, dizendo que Sarkozy, é o presidente da Espanha? Das duas uma, ou o mapa estava ao contrário, ou a ressaca era grande!
Porra........... mas onde é que foi parar a nossa dignidade jornalística? - O nosso bom português?.......... e depois claro está que a culpa é dos desgraçados dos professores, que não os ensinam devidamente!
E depois....depois esta construção de frase "A situação política francesa manteve-se estancada " - Mas estancada como? que eu saiba, não estamos a falar de ferida nenhuma ! - Há já sei ....isto deve ser coisa do célebre acordo ortográfico, entre o cágado e o cagado!
Meus Senhores, sabem que mais... - Voltem para os bancos das escolas, mas desta vez, com as orelhas de burro que vos pertençem! 

«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««
Sarkozy reconduz Fillon como primeiro ministro.

Tal como já se esperava, Nicolas Sarkozy nomeou novamente esta manhã François Fillon como primeiro ministro e encarregou-o da composição de um novo Governo. O presidente espanhol tenta assim recuperar a popularidade, desgastada pelas greves sucessivas.

François Fillon, que se demitiu ontem, foi hoje reconduzido no cargo pelo presidente francês. Desta maneira Sarkozy decide manter a seu lado o primeiro ministro que o acompanha desde o início do seu mandato, em 2007, e que com ele, com toda a certeza, o terminará, em 2012.

Num comunicado, Fillon assegura que aceita «com determinação» esta nova etapa que será consagrada a «fazer crescer a economia». «Desde 2007, e apesar de todas as resistências, ataques e contestação, Sarkozy tem permanecido fiel ao seu rumo reformista, com o apoio constante da maioria parlamentar», afirmou o novo primeiro ministro.

Fillon assegurou novamente o seu compromisso para com o chefe de Estado para guiar o país «numa nova etapa que deve permitir o país a reforçar o crescimento da economia e o emprego».

Segundo os media franceses, a composição do novo governo será conhecido ainda hoje.

A situação política francesa manteve-se estancada desde Junho: o caso Bettencourt monopolizou as atenções durante o Verão. Após a época balnear, seguiu-se a polémica em torno das reformas, entre o Governo e os sindicatos que colocou o país à beira do colapso por falta de gasolina.

Notícia publicada on line pelo semanário SOL a 14 de Novembro de 2010

O Ensino da Fraude (repost)





O presente artigo foi escrito por dois professores, ligados ao ensino secundário e superior.Os seus nomes, constam no fim do texto, somente com as iniciais, para resguardo da vida privada, e publicação deste texto .


Destina-se a alertar a sociedade Portuguesa relativamente ao estado catastrófico em que o sistema de ensino se tem vindo a encontrar, e das razões que justificam essa situação. Se na leitura do mesmo ocorrer uma sensação de ter estado a dormir durante as últimas décadas, será então a altura de acordar. Este assunto diz-nos respeito a todos, e as consequências desta fraude politicamente correcta a que continuamos a chamar ensino serão irremediáveis.

Muito se tem discutido, nos últimos anos, acerca da qualidade do ensino em Portugal. Não é segredo para ninguém que, após o 25 de Abril, o sistema de ensino sofreu profundas remodelações e que a própria filosofia do sistema de ensino se tenha modificado de uma maneira irreversível. Durante esse período, em particular na última década e em especial durante o período de governação socialista a remodelação do sistema educacional tem sido muito activa, embora não do ponto de vista qualitativo. Essencialmente, a política demagógica dos últimos governos está a transformar o ensino numa espécie de fábrica de diplomas, onde são observadas como determinantes as estatísticas de progressão e de aprovação dos alunos, sem que haja a preocupação com a qualidade do ensino, onde a autonomia e o poder dos professores é reduzida ao mínimo, de modo a que possa haver o máximo controle destes por parte do estado; onde são aprovadas leis que dão ao ensino uma imagem de pseudo-democracia e pseudo-humanismo, à custa da transferência das responsabilidade de pais e de alunos para professores e de poderes de professores para pais e para alunos, mas onde em vez de se promover a autonomia, a criatividade e a qualidade dos alunos, se procura neles integrar, de uma maneira medíocre, uma filosofia de aceitação, de seguidismo, de estupidez intelectual, sem que haja a mínima preocupação com a qualidade dos conhecimentos que adquiriram ou desenvolveram.
Sem que haja, de nossa parte, um particular esforço em inventar expressões politicamente-correctas para descrever o estado de profunda catástrofe em que este e anteriores governos mergulharam o ensino, a expressão «fábrica de diplomas» adequa-se de uma forma perfeita aquilo que é hoje o ensino em Portugal; essencialmente, uma ferramenta política, manipulada pela mesquinhez de políticos desonestos de modo a satisfazer as primeiras necessidades dos eleitores, e onde os professores são cada vez mais transformados, de facto, em impressores de diplomas.

Não é considerado «estatisticamente normal» dar um 3 numa escala de 20 a um aluno que não fez rigorosamente nada o ano inteiro; não é considerado «estatisticamente normal» reprovar mais do que 50% de uma turma de alunos que chegam ao 11º ano sem conhecimentos do 7º ou 8º e que nada fazem, não é considerado «pedagógico» atribuir a nota mínima a um aluno no básico; mas já é aceitável elevar um 9 para um 10 sem grande discussão; considerar todos os argumentos possíveis e imaginários para aprovar o aluno que por acaso é filho de um professor ou de uma pessoa influente. Um professor sabe que estará numa situação difícil se ao ter problemas com um aluno for o único professor a tê-los, porque será considerado a «prova» estatística como evidente da sua culpa....
Urge então perguntar porquê o sucesso da manipulação estúpida de argumentos estatísticos? Uma escola é considerada bem sucedida quando a percentagem de aprovações é elevada, mesmo que à custa do facilitismo descarado que o sistema impõe aos professores e que professores mais acomodados incutem nos mais novos. A resposta é que é fácil. De facto, é mais simples implementar uma política vergonhosa de facilitismo e aumentar artificialmente a quantidade de alunos com o diploma do 9º ano do que melhorar a qualidade do ensino. É mais fácil aumentar o número de vagas no ensino superior do que criar condições justas para que as pessoas possam aprender ou exercer uma profissão após finalizarem os estudos. É mais fácil, também, diminuir o grau de dificuldade dos exames do 12º ano, de modo a que as estatísticas «demonstrem» que os alunos são bem preparados...

Não se pode ordenar a saída de sala de aula de um aluno que insulta e perturba, é preciso adoptar uma medida «pedagógica» e dar-lhe «tarefas». Mas este estado de coisas vai piorar ainda mais, quando se fizer aprovar a passagem administrativa dos alunos até ao 9º ano de escolaridade, e se a escolaridade se tornar obrigatória até ao 12º ano, quando as escolas se tornarem autónomas, e passarem a não contratar professores que não obedeçam às estatísticas... Aparte disto, aquilo que se observa como mais baixo e mais hipócrita, é o esforço (conseguido em muitos casos) de dar ao ensino uma imagem mais humanista: para «democratizar» as escolas deixam de haver conselhos directivos e passam a haver conselhos executivos (os professores só executam). As escolas passam a ter pseudo-orgãos de gestão constituídos também por encarregados de educação, alunos e funcionários, retirando assim o «ónus» aos professores de gerirem as escolas e desviando o poder de uma forma conveniente. Simultaneamente, aumentam-se as obrigações e o policiamento dos professores, numa estratégia desleal mas altamente demagógica que sugere uma imagem de (falso) rigor. Os professores vivem aterrorizados com a idéia de cometerem alguma falha numa vigilância de um exame, quando poderá surgir alguma «rigorosa» acção disciplinar. Existe uma razão fundamental para que este artigo se escreva hoje, e essa razão é de que, para variar, as pessoas se comecem a aperceber de que o problema de falta de qualidade do ensino em Portugal não se relaciona com uma questão de «má formação pedagógica» dos professores nem de qualquer característica mística que faz dos jovens de hoje em dia uma geração «rasca», mas é sim, em primeiro lugar, o produto de uma gestão criminosa e incompetente do sistema de ensino, aliada a uma política de laboratório de experiências para satisfazer o ego de falsos pedagogos medíocres e, também a uma atitude de profunda inércia e passividade de uma grande maioria de professores que se deixam transformar em «impressores de diplomas». Para isto contribui também a maneira abusiva como os professores no secundário são tratados, a política de contratações desumana que tenta fazer dos professores «descartáveis» (perdão, «candidatos» a professores) uma espécie de instrumentos sem personalidade própria. Era bom que abríssemos os olhos, porque o futuro do nosso país está a ser seriamente comprometido e os danos serão irreversíveis, e nessa altura, só nos poderemos queixar do que não fizemos, do que aceitámos quando poderíamos não ter aceite, daquilo que fingimos não ver, preferindo tranferir as responsabilidades para outros...


A Educação tem um impacto determinante na cultura e, por consequência, na economia duma nação a longo prazo. Por esta razão é muito grande a responsabilidade dos professores. Essa responsabilidade não pode ser escamoteada por causa de políticas de curto prazo. Não se pretende regressar ao passado, apenas lembrar que, mais tarde ou mais cedo, seremos todos obrigados a tomar decisões difíceis e que nessa altura convirá estarmos devidamente preparados.


L. G. (Docente do Departamento de Física da FCT/UNL desde 1994)

G. F. (Professor contratado no Ensino Secundário entre 1997 e 2000)

Carlos do Carmo - novo album - Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti


Bernardo Sassetti e Carlos do Carmo em "empatia total"
Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti, duas gerações distintas da música portuguesa, estiveram juntos em estúdio a gravar um álbum que é fruto de uma "empatia total" entre cantor e pianista.

O álbum, que tem por título "Carlos do Carmo - Bernardo Sassetti", é editado na segunda feira pela Universal e apresenta dez canções do repertório da música portuguesa e de um universo de escolhas afetivas do fadista.

Nele foram incluídos, por exemplo, "Cantigas do Maio", de José Afonso, "Lisboa que amanhece", de Sérgio Godinho, "Foi por ela", de Fausto, e "Avec les temps", de Leo Ferrer, aos quais se juntam os inéditos "Retrato", de Mário Cláudio e Bernardo Sassetti, e "Talvez por acaso", de Manuela de Freitas e Carlos Manuel Proença.